Post-Scriptum 1: Outra vez acendera um cigarro. Outra vez à janela. Outra vez pensara nela, e na última prova. Outra vez deglutira a metade do forçoso comprimido. A véspera fora festa rija: Incendiava-se o dividido fuel. O mundo tornava-se incomportável. Como sair? Se só restavam ilusórias seguranças. Tais como janela, cigarro, algum inesperado encontro, água por filtros purificada, ar ventando, de ignorado lugarejo. Donde infamemente renovava? Respirar, agasalhar, vestir, aguardar o alvorecer: O instante idealizado: Indiferença, e não ter que pesar, ao esclarecer soalheiro, a silêncio, brandura, sentimento. Despertar maravilhas; olhares crescendo, barba feita, cara a dar; pobreza, abandono, recôndito provento; fome, divinização, água; pão, vinho, mudez. Noite ante a janela, lidas, rotinas, paradoxalmente até à liberdade: Febre, suor frio, esparguete, fim roído. Beijos sumidos, miudinha chuva sobre a chapa do carro. Até logo! Barrenta a rampa, o convento, a cerca, terra semeada, irmãzinhas afadigadas: Tudo lento, pleno, da memória. Evasão, ilusão, perpetuar o vasto sol do dia; paisagens arruinadas, por fogo batidas. O deslizar da esferográfica na completude, a remar a vento agreste, a ondas e marés, estridentando luzes e sons. Gola puxada à gabardina, um nó à cintura, e Celeste, igual, ante imprevisíveis emboscadas, resina d’instantes. A Leste do Paraíso… Lembras? O filme não, o livro li há muito. ‘Jesus is a soul man!’ O mais violento e manso dos humanos… O coração vazio, a alegria. Fugir até à cidade. Que é apenas teu, que, entre casa e rua, não houvesses estragado? Redizes Aleluia? Teus beijos, colombina… Sorrisos, reencontro… Blue-jeans rafadas, sonido… As flores alumiam; engrinaldam-se trepadeiras; pássaros cantam o raiar da alegria quente. Cresce O Sinal! Um Te inquiriu se eras Rei. Tu o disseste, respondesTe, a chaga Tua viva, à Jerusalém Sem Fim. Na evocação mais firme dO Teu Nome, subo escadas; e ouço: Nega-te! Ama! Matar com sono obsessões. ‘Um silêncio, com estrelas aparece, pra lá da desolação…’ Um anjo desagrilhoou Pedro; aspérrimo luzeiro fero sacudindo-o o livrou.
Post-Scriptum 1:
ResponderEliminarOutra vez acendera um cigarro.
Outra vez à janela.
Outra vez pensara nela,
e na última prova.
Outra vez deglutira
a metade do forçoso comprimido.
A véspera fora festa rija:
Incendiava-se o dividido fuel.
O mundo tornava-se incomportável.
Como sair?
Se só restavam ilusórias seguranças.
Tais como janela, cigarro,
algum inesperado encontro,
água por filtros purificada,
ar ventando,
de ignorado lugarejo.
Donde infamemente renovava?
Respirar, agasalhar, vestir,
aguardar o alvorecer:
O instante idealizado:
Indiferença,
e não ter que pesar,
ao esclarecer soalheiro,
a silêncio,
brandura,
sentimento.
Despertar maravilhas;
olhares crescendo,
barba feita,
cara a dar;
pobreza, abandono,
recôndito provento;
fome,
divinização,
água;
pão,
vinho,
mudez.
Noite ante a janela,
lidas, rotinas,
paradoxalmente
até à liberdade:
Febre, suor frio,
esparguete, fim roído.
Beijos sumidos,
miudinha chuva
sobre a chapa do carro.
Até logo!
Barrenta
a rampa,
o convento,
a cerca,
terra semeada,
irmãzinhas afadigadas:
Tudo lento,
pleno,
da memória.
Evasão, ilusão,
perpetuar
o vasto sol do dia;
paisagens arruinadas,
por fogo batidas.
O deslizar da esferográfica
na completude,
a remar a vento agreste,
a ondas e marés,
estridentando luzes e sons.
Gola puxada à gabardina,
um nó à cintura,
e Celeste,
igual,
ante imprevisíveis emboscadas,
resina d’instantes.
A Leste do Paraíso…
Lembras?
O filme não,
o livro li há muito.
‘Jesus is a soul man!’
O mais violento e manso
dos humanos…
O coração vazio, a alegria.
Fugir até à cidade.
Que é apenas teu,
que, entre casa e rua,
não houvesses estragado?
Redizes Aleluia?
Teus beijos, colombina…
Sorrisos, reencontro…
Blue-jeans rafadas, sonido…
As flores alumiam;
engrinaldam-se trepadeiras;
pássaros cantam
o raiar da alegria quente.
Cresce
O Sinal!
Um Te inquiriu
se eras Rei.
Tu o disseste,
respondesTe,
a chaga Tua viva,
à Jerusalém Sem Fim.
Na evocação
mais firme
dO Teu Nome,
subo escadas;
e ouço: Nega-te! Ama!
Matar com sono obsessões.
‘Um silêncio,
com estrelas aparece,
pra lá da desolação…’
Um anjo desagrilhoou Pedro;
aspérrimo luzeiro fero
sacudindo-o o livrou.